Porque eles têm um apurado senso de equilíbrio, que lhes permite fazer movimentos rápidos e girar o corpo para cair sobre as quatro patas. Para executar esse invejável malabarismo, o bichano conta com a grande sensibilidade dos receptores vestibulares que integram o labirinto, uma estrutura na parte interna do ouvido responsável pelo equilíbrio. Sempre que o gato está numa posição desconfortável, ocorre um aumento de pressão na região, o que funciona como um alerta. Essa mensagem, somada às que são captadas pela visão do animal, é enviada para o sistema nervoso central, que a interpreta e manda vários sinais elétricos para o aparelho locomotor, principalmente os músculos. Estes, então, realizam uma série de movimentos instintivos, que fazem o corpo do animal recuperar o equilíbrio. "O primeiro movimento é a rotação da cabeça na direção da posição correta, seguida da rotação da porção superior do corpo.
Por fim, há a rotação da parte inferior", diz o veterinário Gelson Genaro, especialista em felinos da USP de Ribeirão Preto (SP). Além do gato, outros membros da família Felidae, como leopardos e jaguatiricas, também são capazes da mesma proeza.
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