Após protestos, visitação à taça da Copa do Mundo é reaberta no Mané Garrincha

A primeira reação ao protesto foi a decisão de suspender a visitação à taça da Copa do Mundo, aberta nessa terça-feira (27/5). A estrutura de exposição, no estacionamento do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, havia recebido mais de 7 mil pessoas até a interrupção. Centenas ainda aguardavam para entrar, mas, pouco antes das 17h30, as atividades foram encerradas. A organização afirmou que a exposição foi reaberta às 9h desta quarta-feira (28/5).

De acordo com visitantes, ontem era possível ouvir o barulho das bombas de efeito moral de dentro da tenda. A professora Glinnis Susan Silva da Rocha, 25 anos, afirmou que houve corre-corre no local da exposição. “Quando começaram as bombas, foi um desespero aqui dentro, porque o gás foi sentido até aqui perto”, relatou. “Tinha um monte de crianças, e os motoristas dos ônibus escolares correram para levar os meninos para os coletivos e tirar todo mundo daqui. Elas choraram muito, cobriram o rosto para não inalar o gás”, contou o garçom Elenilson José da Silva, 33. A organização do evento encerrou a visita quase quatro horas antes do previsto, às 21h. Muita gente, como o PM Ítalo Alves do Nascimento, 42, foi pega de surpresa. “Estava com a entrada marcada para as 17h30. Disseram para a gente voltar amanhã (hoje), mas não sei se venho”, disse. A taça ficará em Brasília só até hoje.

Os 5.640 ingressos com direito a um acompanhante para a visitação estão esgotados. Os organizadores afirmam que farão o possível para realocar quem perdeu a visita. Até o fechamento desta edição, porém, a equipe ainda estava em reunião para definir como isso seria feito. Da capital, o troféu segue para São Paulo.